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9 de fevereiro de 2010

Atari voltou - Parte II


Eu prometi que ia contar a minha versão dos fatos sobre o post da LUM a respeito de nossa infância e o Atari e aqui estou. Sei que demorei bastante, mas Clarinha está muito mais ativa minha gente - com esse calorão todo a menina só quer saber de piscininha e é óveo que mamãe tem que estar grudada ... hoje pelo jeito terei que levá-la pra passear de submarino ... Bom, vamos começar essa história pelo começo:

Quando eu e LUM eramos pequenas, nossa mãe, a fofíssima Dna. Neusa sofria de gastroenteritis gravis - pra vocês terem uma idéia, nós ouvíamos as seguinte prerolas de Mamis ( e eu sou tão anta que até hoje eu deixo de fazer algumas coisas, mesmo ela falando pra gente que este era apenas um modo de não fazermos as coisas que ela não queria) :

- Não pode ir ao Playcenter quando o tempo está fechado pois se chover vocês podem morrer eletrocutadas. Era um inferno quando chegava o papel da excursão da escola pois ela dizia que nosso pai não tinha deixado e o coitado nem sabia de nada.

- Qualquer aranha por menor que seja é um perigo - se ela te picar você vai morrer.

- Se uma agulha entrar no seu corpo ela vai espetar o seu coração - e você vai morrer.

Bom, eu poderia ficar o resto da tarde lembrando das prérolas de Dna. Neusa e mesmo com todos esses cuidados LUM quebrou o coco e ficou 3 dias em coma - ( agora imaginem se ela não tivesse tido os cuidados ) mas vamos aos fatos - por ser tão medrosa, o maior pesadelo de todos era que nós tivessemos bicicletas. Todo Natal e aniversário era um inferno, porque queríamos as benditas e a nossa mãe não nos dava. Num certo aniversário ( acho que era meu ) a minha mãe propôs uma troca - a bicicleta pelo Atari. E mal sabia ela que o inferno em sua vida estava começando. Agora começa a minha versão dos fatos: LUM sempre foi muito competitiva - desde pequena ela queria ganhar, só que os joguinhos que nós gostávamos eram diferentes - eu gostava mais de Hero e ela de Freeway ( que apelidamos carinhosamente de jogo da galinha ). Eu era muito chata pra largar do controle mesmo ( assumo que sou tão competitiva quanto LUM ) e nós tínhamos que encontrar atalhos para que o jogo acabasse - e um deles era tropeçar no fio da fonte - acho que LUM nunca soube disso, mas eu fazia de propósito - por outro lado, LUM fazia catiça sim pra que eu perdesse - ela ficava falando - vai perder, vai perder ... com o tempo, nosso pai se cansou de comprar fonte e aí entraram em ação as fitas isolantes e os pregadores de roupa - como LUM era menorzinha ela ficava na frente da TV olhando se a imagem estava boa e quando ficava eu tacava fita isolante no fio e prendia com os pregadores - depois dessa vieram inúmeras gambiarras mas isso é assunto para outros posts. E assim foi durante um bom tempo, até ganharmos um Master System e como já éramos maiores, as brigas também eram, mas o mais engraçado é que estávamos sempre juntas, sentadas uma ao lado da outra mesmo brigando - e na maioria das vezes jogando Alex Kidd in Miracle Word. Depois veio o Mega Drive - e nós tínhamos outro problema técnico - Mari tinha medo de alguns jogos e tinha pesadelos com eles - então a bichinha via a gente jogando e já ia dedurar pra Dna. Neusa e a mesma mandava a gente trocar de jogo.

Com o tempo, LUM foi mostrando que com ela não existe essa parada de fairplay - jogar Mortal Kombat com ela é impossível - se você cair não consegue mais levantar e ela fica rindo da sua cara ainda por cima. Outra coisa que ela fazia muito era quando perdia uma vida dava um tapa na minha cabeça - na primeira vez que fez isso eu fiquei doida e perguntei o porquê daquilo - e ela respondeu: Ah, eu brava porque eu perdi - e eu - mas precisava me bater - e finalmente, ela - ah, mas eu me divirto!

Depois disso veio o PS2 e jogávamos Tony Hawk e mesmo com o tempo LUM não entrou no esprito de fairplay. O PS2 agora é da Mari e está lá no quarto dela pegando pó. Sempre falamos que precisamos pegar um dia pra jogar, mas quem disse que jogamos? Ficaram as boas lembranças e as risadas, pois o tempo ameniza até os tapões na cabeça!
Beijos!

Sah

4 comentários:

Fabi Coltri Galli disse...

Ri litrosssssssssss com o tapa na cabeça...

E mais outros litros com a resposta da Lu!!


kkkkkkkkkkkkkkkkk

joguei mtoooo Alex Kidddd!!
q saudade, será que tem on line???

MeL disse...

ahhhhhhhhh como eu queria ter tido historias assim, eu morei super pouco com meus irmãos, filhos do primeiro casamento do meu pai, mas fala serio, como alguem pode pensar em ter filhos unicos com umas historias assim pra contar?

Dona Lu disse...

Lembra o medo que tínhamos de deixar cair as agulhas no chão??

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Beijocas

Irmãs disse...

Até hoje eu tenho medo das agulhas ... hahahahahaha

Beijos!

Sah